sábado, fevereiro 25, 2006

Três Atos para o Grande Amor II

Foto: Marilia Gomes

Segundo Ato

A chegada do Amor desmesura-se em significativos silêncios e abraços eloqüentes. É feita de pergunta e compreensão tácita sobre pequenos poderes. Beijar, tocar, descobrir familiaridades insuspeitas, rir comer calar chorar sentir pensar junto. O Grande Amor traz nas faces dois rubores e um carro de rolimãs no passado. Tem maçãs sem pecados, nas faces do Amor. O Grande Amor tem, nas flores da manhã, as cores de Mikonos ao acordar. Tocados pelos olhos do Amor, ungidos pelos seus óleos, tornamo-nos profanos deuses. A delícia dos pedestais onde somos vistos por muitos, mas tocados verdadeira e unicamente pelo ser amado, pertence ao Grande Amor, ele próprio objeto de uma adoração festejada. É, para todo o sempre e raros escolhidos, festa e enlevo, a chegada do Amor.

6 comentários:

Edilson Pantoja disse...

Dois rubores na face, um carro de rolimã no passdo. A bagagem do amor, por Cecilia. Precisa de mais, o deus filho da necessidade, o todo-falta, o todo-ausência?
Obrigado pela visita!

Cláudio B. Carlos disse...

Oi Cecilia!

Belíssimo texto.

Beijos do *CC*

Dalva M. Ferreira disse...

Elevado, muito bom. É isso mesmo, é um estado de graça. Amar é tão bom!

Dalva M. Ferreira disse...

Ops: faltou a trilha sonora...

http://radio.terra.com.br/busca/musicas.php?musica=Je%20T'aime...%20Moi%20Non%20Plus

Vítor Leal Barros disse...

talvez o amor seja o verdadeiro objectivo da vida... tenho dificuldade em encontrar outro... gostei bastante deste segundo acto

Lu disse...

Festejo o Amor que permanece apesar da rotina, minha Lia, porque todo dia é novo e sendo assim, surpreendo-me ainda em descobertas sutis. Festejo simplesmente o amor, porque ele existe sob os mais diferentes pseudônimos, não me importam os rótulos se a nossa essência for Amor... [e eu sei que ela é ;o)]