segunda-feira, junho 19, 2006

Noites

A noite chega sem ser percebida, em Búzios. Num instante era claro e - olha! - na praça acendem-se incandescências amarelas dos bicos de lâmpadas sobre as mesas dos artesões.
Tenho algum atraso em perceber, como tive quando o ônibus esvaziou-se, e permaneci nele. Fim da linha. Também não tenho a prontidão das respostas que precisam ser dadas. Pequena demais. Clara demais. Perdida demais. Frágil além do que se poderia perdoar. Explicar como, estas necessidades de exílios? Pode a noite prover o dia de seus saberes? Tampouco adiantaria explicá-los. O que sabe a luz, dos segredos silenciosos da treva?

7 comentários:

Anônimo disse...

Que bom te ver novamente com as palavras escritas e sentidas.....
Bjs
Re

Anônimo disse...

Sensivel... Belo sendo compacto...

Aproveito e divulgo um site de um amigo:

www.arealidadeeoutra.com.br


abraços

Claudio Eugenio Luz disse...

Quantas sensações e saudades a gente não carrega dentro de nós!

hábeijos

Anônimo disse...

pior, cecília, muito pior, talvez seja vezenquando não encontrar nem as perguntas para as respostas que precisam ser dadas ... 1 beijo.

Dalva M. Ferreira disse...

Fim da linha.
Também não tenho a prontidão das respostas
que precisam ser dadas.
Pequena demais.
Clara demais.
Perdida demais.
Frágil além do que se poderia perdoar.
Explicar como, estas necessidades de exílios?
Pode a noite prover o dia de seus saberes?
Tampouco adiantaria explicá-los.
(O que sabe a luz, dos segredos silenciosos da treva?)


Pronto: te virei em poeta!

Ivã Coelho disse...

Enquanto a luz revela, as trevas são uma infinitude de possibilidades, todas ali esperando um esbarrão.

Belo, bela.


Beijos

Ricardo disse...

A falta de respostas nos tornam mais livres, mesmo que mais vacilantes.
Apesar que de mistérios as respostas estão cheias.

Bjs, bela.