quinta-feira, novembro 23, 2006

Quando a espera é uma parede em branco...

(foto: Guilherme Limas)

Pinto paredes
como quem nomeia cercas,
como quem lixa muros,
como quem desenha
sustos amarelos.

Pequeno gafanhoto,
aprendo a luta
primeiro nos ossos.
(desde o branco dos ossos
os músculos dobram
a fadiga das dores).

Quando o último degrau
é o palco da dança
as pontas dos pés
ensinam pincéis
às mãos sob o teto.

4 comentários:

Dalva M. Ferreira disse...

Bravo! você usa e abusa...

Anônimo disse...

a construção da sua poesia, feita da emoção de uma alma refinada e de um verbo perfeito, é uma das melhores coisas a se ler na net, sabe? beijo grande.

Anônimo disse...

esperar por suas palavras aqui também é um pouco uma parede em branco... e sempre se descobre uma recompensa nela. 1 beijo

Anônimo disse...

Lindo! Amei seu blog, está maravilhoso! Se eu contar como conheci suas poesias, você nem vai acreditar... Mas a história, embora simples, é grande prá ser contada aqui...

Posso colocar seu blog entre os links do meu?

Um beijo grande e parabéns!